sábado, 3 de novembro de 2012

Epílogo.


Conforme eu ia lembrando da minha vida e do que eu estava deixando para trás, mais próximos estavamos do meu novo destino.
 Eu estava deitada, com o boné roxo aba reta do Justin nas minhas mãos enquanto lembrava dos momentos e das palavras ditas, ele é meu passado agora, por mais que eu queira que ele também fosse o meu futuro. Nunca vou esquecer as palavras ditas nesse tal dia que tive que ir.
 O avião pousou, várias pessoas pegaram suas malas de mão e começaram a ir para a porta, eu apenas esperei, meus pais passaram na frente, amarrei a blusa branca de frio do Justin – a única que ficou comigo, a outra devolvi a Pattie quando foi se despedir – na minha cintura e fui atrás deles. Quando cheguei próximo a porta uma enorme claridade invadiu meu campo de visão, estava quente, muito calor. Parei por pouco tempo no alto da escada, coloquei o boné na cabeça enquanto meus cabelos falsamentes lisos voavam com o vento, o sol queimava minhas coxas nuas por causa do short e eu podia sentir meus ombros também queimarem por estarem desprotegidos de pano, já que minha blusa era leve e regata. Respirei fundo, era uma nova vida, tudo o que eu passei era passado agora, eu precisava seguir enfrente, agora é sem volta.   

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Bom, tentei não atrasar, mas não deu.
E é mais um fim, nem parece que não vou postar mais a TSBM... isso é triste. Mas não é o fim de tudo, ainda tem a segunda temporada, não ta toda escrita, mas ela existe. Lua e Justin não acaba aqui. Eu não sei muito o que falar, to com o nariz fudido hoje e toda hora to parando de digitar e perco o raciocínio. 
 Bom, tecnicamente não é o fim certo? Então não devo falar muito mesmo! Até o inicio da "I'm Here Again".

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

21° Capitulo - The Possible End.


- Lua...!
- Mãe! Eu já disse que é a última mala! – gritei de volta para minha mãe enquanto descia as escadas.
- Tem certeza? Eu tenho mais malas do que você – cheguei à cozinha e fiquei a vendo arrumar uma última caixa para a última remessa da mudança.
- Talvez seja porque você ficou enfiada no shopping durante um bom tempo – a campainha tocou.
- Vai atender a porta.
- Não, vou deixar quem for que está tocando, mofando lá fora – a mudança definitivamente está me irritando, não à mudança em si, mas minha mãe andando para lá e para cá me gritando por nada, meu pai que tem sorte, vai apenas nos buscar para irmos ao aeroporto e não tem que ouvir as histerias de Anna Houston.
Fui até a porta e a abri.
- Ah! Oi Sr. e Sra. White, Sr. e Sra. Brass e Sr. e Sra. Clark – sorri cada um disse um “oi” me abraçou e disse alguma coisa positiva em relação à viagem e a Nova York, depois que os seis entraram eu já ia fechando a porta quando alguém a parou.
- Você deixa nossos pais entrarem, mas nós não?
- Desculpa pessoal, entra, minha mãe está me deixando louca! Desculpa mesmo.
- Desculpada. Vou sentir saudades – Hayley me abraçou, os três estavam na mesma sequência na qual cumprimentei seus pais.
- Eu também minha little redhead.
- E não vai ser só a Hayley! – Karol voou para cima de mim, me dando um abraço muito apertado. – Vai sentir saudades de mim?
- Não little Brad – ela parou de me abraçar e me encarou.
- Sério? – não acredito que ela acreditou.
- Claro que não! – ela voltou a me abraçar apertado.
- Minha vez Karol – Luka praticamente puxou a Karol para ela poder me soltar. – Tchau Lua – estendeu a mão e eu a segurei.
- Vem cá seu bobo! – segurei sua mão mais firme e o puxei para perto, abraçando bem forte. – Vou sentir muito a sua falta e obrigado por aquele dia – disse o mais baixo possível, bem perto da sua orelha, para as meninas não ouvirem. Depois de algum tempo abraçados o soltei.
- Lua...! – minha mãe gritou da cozinha.
- Morri! – gritei de volta.
E a campainha mais uma vez.
- Lua...! – e a minha mãe mais uma vez.
- Já sei mãe! – revirei os olhos e os três riram. Fui em direção à porta e abri. – Tay! – praticamente pulei no pescoço dele, ele me abraçou firme, depois nos soltamos. – Entra, entra – ele seguiu para dentro da minha casa e eu já ia fechando a porta.
- Não fecha.
- Por quê?
- Por mim.
- Megan! – e mais um abraço. – Entra – assim ela fez. – Posso agora Tay? – ele riu.
- Pode – fechei a porta.
- Quem era Lua? – e minha mãe gritando de novo.
- É para mim mãe! Continua aí fazendo sei lá o que!
 Ficamos todos amontoados na sala, Megan e Taylor sentados e abraçados, logo depois soltaram a bomba: namorados. Fiquei super feliz pelo os dois, já imaginava que a Megan gostava dele e o Taylor estava mal na última vez que o vi. Karol sentou-se no braço do sofá, já Luka e Hayley, ficaram abraçados encostados na parede e eu em pé em qualquer lugar, sempre gritando para minha mãe que insistia em gritar meu nome a toa. Ficamos conversando coisas aleatórias, lembrando de momentos divertidos nesses todos anos que eu morei em Stratford. Megan, por ser quem me conhece há menos tempo, sempre ficava surpresa e incrédula quando comentávamos de algumas loucuras que fizemos.
- Lua, desculpa a pergunta, mas e o Justin? – Megan me perguntou com um pouco de receio.
- Ele não vai vir – uma onde de tristeza invadiu a minha voz.
- Por quê? – Karol.
- Ele disse que não seria capaz disso. Acho que ele não suportaria me ver ir. Noite passada estávamos bem e essa é a melhor lembrança que ele quer ter, e, eu acho que, eu também.
- Isso que eu não estava entendendo – Luka tomou a palavra –, ontem vocês pareciam tão bem e felizes, achei que ele estaria aqui.
- Pois é.
- Lua, seu pai ligou, ele já está vindo – dessa vez a minha mãe não gritou, ela simplesmente apareceu na sala. Nessa hora quem estava sentado se levantou e os dois grudados escorados na parede se separaram.
- Bom, acho que está na hora de nós irmos – Tay disse.
- Certo – Luka concordou.
  Cada um passou por mim, me deu mais um abraço apertado, alguns disseram “adeus”, outros apenas “tchau”, e todos disseram “vou sentir a sua falta”. Karol chegou até a dizer para ir visitá-los e todos concordaram com “sim” e “isso mesmo”. Todos saíram da minha casa deixando-a vazia. Meu pai chegou e ajudou a mim e a minha mãe a colocar o resto das caixas na sala, o último caminhão de mudança chegava hoje mesmo, para pegar o sofá e mais algumas coisas que não couberam no primeiro caminhão – vamos dizer que meus pais adoram guardar tralhas.
 Meu pai saiu para colocar o carro para ser transportado até Nova York e não demorou a voltar. Saí de casa e olhei bem para ela, morei toda a minha vida naquele lugar, é mais difícil deixá-lo para trás do que eu imaginava. Fechei os olhos, respirei fundo e pensei: “É hora de dizer adeus”, abri meus olhos e respirei fundo mais uma vez, realmente não era algo fácil.
Entrei no taxi recém chegado, as malas já estavam no porta-malas, meu pai ficou no carona, minha mãe e eu do banco de trás. Antes do carro dá partida, olhei para casa do Justin, analisei cada detalhe para que não pudesse esquecer, quando olhei para a sua janela, ele estava lá olhando para o táxi, parecia que era mais, exatamente, para mim. Antes de dar partida, pude jurar que vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto, não posso dizer que tenho certeza que o vi chorar, mas tenho certeza que a lágrima que escorreu pelo meu rosto, era real. 
 Nada de trânsito durante todo caminho, ou seja, chegamos ao aeroporto bem rápido. Tiramos as malas do carro, meu pai pagou ao taxista que partiu assim que recebeu. Entramos no aeroporto e procuramos um lugar para sentar. Vamos dizer que não estava muito cheio, era meio de férias, nem inicio e nem final, então, não tinha tantas viagens apesar de ter um grande índice, do que qualquer outra temporada.
- Lua, eu sei o quanto...
- Desculpa pai – o interrompi –, mas duvido que você saiba o quanto está sendo difícil para mim. Você e a mamãe tiveram apenas que se despedir de amigos, eu não tive que me despedir só deles. Acho impossível que você, esteja sentindo o mesmo que eu – me joguei na cadeira azul de plástico, ao lado da minha mãe e meu pai do  outro lado.
Escorreguei na cadeira e “sentei com as costas” como a minha mãe diz, fiquei viajando, brincando com os dedos enquanto o tempo insistia em não passar.
- Lua? – parei de brincar com os meus dedos, mas continuei a encará-los, não queria olhar e me decepcionar caso fosse apenas minha imaginação. – Lua!? – não, não era a minha imaginação.
- Justin? – me levantei e fui até ele. – Achei que não iria vir se despedir.
- E mais uma vez tenho a impressão que você não me queria que eu viesse.
- Eu queria! Mas sua mãe disse que você não viria.
- Eu não poderia deixar você ir assim! Eu te amo caramba! E sei que você me ama também, nenhum momento da minha vida vai ser tão triste quanto agora, mas eu definitivamente não poderia deixar você ir.  Eu não queria te deixar ir, mas você tem e eu juro que não estou mais com raiva por isso, sei que vai ser o melhor – a voz da mulher do aeroporto soou por aquele espaço fazendo a primeira chamada para o meu voo.
- Lua, vamos – minha mãe me chamou.
- Espera – disse a ela e voltei a minha atenção para o Justin. – Eu não queria ir, eu juro que não, me desculpa por ter mentido, me perdoa e eu espero que você entenda.
- Eu entendo – nós falávamos apressados, lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.
- Não é que – ele me abraçou forte e por alguns segundos foi o que precisávamos para nos “acalmar”.
- Não derrame uma lágrima, sempre que você precisar de mim, eu estarei aqui. Eu nunca vou deixar ir.
- Eu te amo e me desculpa.
- Não se desculpe, você não tem o que se desculpar – a mulher voltou a chamar.
- Lua! – meu pai dessa vez.
- Calma! – respondi.
- Olha, vá. Meu coração sempre estará contigo, porque não adiantaria nada se ele estivesse aqui, pois estaria incompleto sem você. Você sempre vai estar em meus pensamentos, eu nunca vou te esquecer e nem a cada instante que passei contigo.
- Me desculpa por tudo o que te fiz passar e eu tambem nunca vou esquecer o que passei contigo. Você ainda é o garoto que eu mais amei na vida e não importa, nenhum vai fazer o que você fez, nenhum vai me fazer sentir do jeito que eu sinto quando se trata de você. É meio tarde para isso, mas nunca é tarde para se dizer que ama alguem e eu te amo, muito – cheguei meus labios perto do dele, lágrimas queriam cair de novo, foi um beijo demorado, mas sem lingua, um simples beijo de despedida com o gosto mais amargo que poderiamos sentir em um beijo, é o gosto de um “adeus”. Colamos as nossas testas enquanto ambos chorávamos e a bendita mulher resolveu fazer a última chamada.
- Lua! – minha mãe de novo, dessa vez nem respondi.
- É melhor você ir, antes que perca o avião.
- Isso então é um adeus!?
- Sim, é. Quero que fique com isso – ele tirou o boné de sua cor preferida da cabeça e me entregou.
- Mas é o seu preferido.
- Por isso mesmo que eu quero que fique com ele.
- Adeus Justin – fui me afastando.
- Amor, me dê um último abraço – não hesitei, voltei até ele e o abracei o mais forte que podia. – Tchau.
 Não respondi, apenas o soltei e me afastei, fomos até o nosso portão que era ali perto – por sorte, se não perderiamos o avião – passamos as malas e entramos no avião. 
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Desculpa por não ter postado ontem, estava atolada de trabalho! But now I'M FREE! HAUSHAUSASHUHAUS Enfim, é o último cap! Caraca velho, nem parece. Vou sentir falta <3 
Amanhã tem o epílogo, e vou tentar não atrasar ok? E tento preparar uma boa despedida! 
Bezus.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

20° Capitulo - Birthday don’t so happy


Pov's Houston

Ótimo! Parabéns Lua, duas vezes ainda, uma por ter conseguido magoar o Justin de novo, não contando que vai se mudar, segunda vez, pelo seu aniversario, que agora, por ter deixado a mãe dele contar e não você, é bem provável que ele não vá. Era tudo que eu queria. Meus pais concordam em ir após o meu aniversário, para eu poder ter uma última alguma coisa com os meus amigos, e nesse “alguma coisa” quem eu mais gostaria que estivesse não vai estar, meu último dia em Stratford, talvez, para sempre e Justin está bravo comigo, ou seja, ele não vai estar ali, simplesmente porque eu estraguei tudo!
 A casa do Luka não precisou ser muito decorada e os ameacei de morte caso colocassem algo como “Feliz aniversário” ou “Boa viagem” quem sabe os dois? Tanto faz! Antes de ir, mataria os três, então, não teve muita decoração. O andar de baixo é amplo, dando um bom espaço para o DJ – Jimmy era o nome do garoto, nunca falei com ele na minha vida apesar de estudarmos na mesma escola, mas achei legal ele ter se colocado a disposição para DJ, também, ele tem cara de quem gosta de uma festa, seja lá qual e de quem for – e para as danças, mais os comes e bebes – que era consideravelmente exagerado.  
Lá estava eu, no meio de varias pessoas, todas que eu ao menos vi uma vez na vida – ou seja, a escola inteira praticamente –, vários abraços e alguns presentes, com um vestido curto vermelho que se eu não usa-se minha mãe me proibiria de vir na minha própria festa e com o cabelo de novo liso, logo agora que eu estava feliz dele estar “normal”.
- E esse cabelo que vai e vem? – Karol tentava falar mais alto do que a musica, era “3” da Britney Spears.
- Era a condição da minha mãe! – eu gritava, sentia que mais um pouco e a minha voz iria falhar.
- Condição de que?
- Ou eu iria alisar ele de novo ou teria que vir de salto – ela olhou para os meus pés e começou a ri.
 Geral estava dançado e quando falo geral, eu realmente quero dizer todos presentes, menos eu. Não estava tão animada assim, quem eu queria que estivesse não estava, então aproveitei para pensar no porque das pessoas que nunca falaram comigo – ou vice e versa – vieram me abraçar e algumas ainda disseram que iriam sentir minha falta. Quebrei o narizinho da princesinha, certo, fiz o que todo mundo queria, mas ninguém teve coragem de fazer, certo também, mas mal me conhecem, como iriam sentir a minha falta?  
- E aí Jimmy? – subi ao palco e fiquei do lado dele observando todos dançarem.
- Oi Lua.
- Valeu por tocar aqui.
- De nada. Por que você não está dançando? A festa é sua não é? Estou tão ruim assim?
- Nada! Você está ótimo! Eu não estou muito animada.
- Acho que você deveria ir dançar e se divertir, e deixar o Justin de lado.
- Ah! Por acaso alguém não sabe disso? – falei meio indignada, com um pouco de raiva, desde quando o céu e a terra sabem sobre nós dois? Um garoto normal e uma garota normal, por que tanta fofoca? Desde quando sabem tanto da minha vida? Jimmy apenas riu.
- Achei que ela não iria aparecer aqui – ele ficou olhando para uma direção.
- Quem? – acenou com a cabeça e eu acompanhei seu olhar até saber para onde olhava. – Ah não! – saí de perto do DJ e fui até a porta. Senti olhos me acompanhando, mais exatamente os dos meus três melhores amigos, o resto estava empolgado demais comendo, bebendo e dançando, para perceber a minha cara de raiva e meus passos rápidos. – O que você está fazendo aqui? Acho que não foi convidada.
- Só quero falar com você – a olhei desconfiada.
- Vem – segui para fora da casa, bem enfrente, na calçada. – O que você quer Louise?
- Eu não to aqui para ficar de bem com você, não mesmo, mas meus pais me falaram que você ia se mudar e me fizeram vir aqui com essa coisa na minha cara – ela estava com o rosto imobilizado por causa do nariz, é – para pedir desculpas e não, eu não vou pedir.
- Desenrola logo? Isso já esta estressante e tenho outros problemas por hoje.
- É sobre esse outro problema – ela me corrigiu – que eu quero falar. Você não vai estar aqui mesmo então que se dane! Justin não fez nada de errado. Eu o procurei naquele dia, fui pedir uma coisa que não vem ao caso e eu sabia que você iria encontrá-lo, então aproveitei e peguei o caminho mais curto do refeitório até lá. Ele nunca, quis magoar você – cada palavra que saia parecia que doía no fundo da alma dela, imagino como deveria ser difícil fazer isso, sou alguém orgulhosa, mas ela é pior do que eu.
- Já acabou?
- Já.
- Então, adeus Louise.
- Adeus e... – ela olhou para trás de mim, me virei.
- Achei que você não viria – minha voz de áspera se tornou doce, senti meu rosto formigar, fiquei com vergonha do que fiz e mal também por ele estar sério.
- Quero...
- Não termine, a última vez que ouvi isso, ou melhor, li, não foi um bom resultado – olhei para a Louise atrás de mim e depois o olhei de volta. – Vamos lá para dentro – fomos caminhando em direção a casa, mal dei dois passos e me direcionei a Louise – e você ainda não está convidada – foi gentil da parte dela vir e me contar a verdade, desfez um belo nó na minha mente, mas ainda sim é tarde demais. Ela se fez de amiga por muito tempo, fez a minha vida um inferno, por mais que eu tenha a perdoado pelo que fez, afinal, agora não adianta voltar mais atrás, eu não iria convidá-la para entrar e duvido ela que iria estragar a reputação entrando lá com o rosto todo imobilizado, mas custa nada garantir e deixar bem claro.
 Voltei a andar em direção a casa, Justin já me esperava na porta quase. Entrei e ele veio logo atrás de mim. Todos os meus amigos me viram indo para a escada junto com o Justin, fiz um sinal que iria subir, Luka assentiu e lá fomos nós dois. Agora eu tenho certeza que tinha mais do que os três pares de olhos me olhando. Fomos até o quarto do Luka, fechei a porta abafando completamente o som do andar de baixo.
- Achei que não viria depois de ontem.
- Assim parece que não queria me ver aqui – ficamos frente a frente.
- Pelo contrario, queria muito. Mas pelo tempo, já tinha desistido de ter esperanças que você viria – silêncio.
- Lua, eu pensei muito, muito mesmo e realmente fiquei muito zangado por você não ter me falado que iria se mudar, mas, ficamos muito tempo longe e você já vai amanhã, acho que eu não me perdoaria se não viesse. Quero aproveitar cada segundo que eu possa te ter ao meu lado. Garota, eu te amo como jamais amei ninguém e digo isso do fundo do meu coração e alma, não suportaria ao menos a ideia, de você ir, e até mesmo nossos corações estiverem separados. Prefiro que você o leve para Manhattan amanhã, do que o ter sangrando aqui comigo por ter deixado você ir assim – eu queria dizer muitas coisas, mas não achava a palavra certa, sentimentos e mais sentimentos passavam por cada centímetro do meu corpo e as palavras que seria bom, não vinham. Eu apenas o olhava nos olhos e apesar do silêncio, tive a impressão que entendeu o que se passava em mim.
- Que bom que você veio – foi o que consegui dizer e fora isso só um sorrisinho escapou. Queria dizer mais! Milhões de coisas! Mas nenhuma palavra que eu conhecia expressava o quanto eu estava feliz por ele estar ali.
- Ah! Há um tempo eu queria te dar isso, eu iria te dar antes, mas como seu aniversário estava chegando resolvi esperar chegar – ele puxou uma caixinha vermelha de camurça, bem fininha, do bolso, abriu e puxou uma corrente de prata com um pingente no formato de um J.
- Um J?
- É. Há tempos eu to usando isso – ele puxou uma corrente do pescoço, uma bem mais fina do que a minha, porém do mesmo tamanho e com o L na ponta – nunca tirei.
- Mas quando dormi na sua casa você estava sem ela.
- Ok, nem tão “nunca”. Tirei quando você olhou na minha cara e disse que não me amava mais – ele olhou para cima, lembrando do infeliz dia.
- Eu estava mentindo, não notou?
- É, percebi que você hesitou, mas no momento não dei muita importância – ele me olhou. – Acabou que as coisas se resolveram por si próprias e nós estamos aqui, consideravelmente de bem, de novo.
- O que me mata é esse “consideravelmente bem” – fui até ele e dei as costas, levantando o cabelo para que ele pudesse colocar o colar e assim fez. Soltei o cabelo e me virei para ele, olhei em seus olhos castanhos que desde sempre fixavam toda a atenção, eu me rendia sempre que os via –, mas ainda gosto da parte do “bem” – ele segurou meu rosto e me deu um beijo.
- Já passamos muito tempo aqui, as pessoas lá me baixo devem estar preocupados por o motivo da festa, ter sumido.
- Eu não sou o motivo.
- Mas é por você que eles estão aqui – fiz um cara de “fala sério” e ele riu. – Vem, vamos.
- Espera aí – ele parou de me puxar pelo braço. – Você vai se despedir de mim amanhã, todos vão a minha casa antes de eu ir.
- Desculpa, mas acho que eu não serei capaz de fazer isso – mais alguns segundos de silêncio constrangedor que graças, acabaram logo. – Agora vem! – ele voltou a me puxar pelo braço e eu fui com ele. Descemos as escadas juntos.
 O som era “Sweet Dream” dessa vez e todos insistiam em dançar.
- Você está linda! Já disse isso? – Justin gritava.
- Hoje não!
- Você está linda e não está alta.
- É! Por causa disso! – apontei para os meus pés, ele desceu os olhos até chegar nos meus sapatos, depois disso riu.
- Como a sua mãe deixou você sair de all star?
- Meu cabelo foi a condição – revirei os olhos e depois ri. – Vem! Vamos dançar! – o puxei pelo braço e o levei até o meio da pista, no exato momento começou a tocar “DJ Got Us Falling in Love Again” do Usher. Começamos a pular e a dançar feitos loucos! Gritávamos cantando a música, tentando ser mais alto do que o som.
 A música tinha praticamente tudo haver. É engraçado, essa noite é mais uma em que procuramos não nos importar com o amanhã e sempre que fizemos isso, o amanhã acaba sendo um dia não tão bom. Amanhã vou para Nova York, mas é como se eu fosse e logo estivesse de volta, esse fato não me importa mais, o que eu quero saber por hoje é que o garoto com o sorriso mais lindo do mundo, com o olhar mais hipnotizador do mundo, ou melhor, mais importante do que “do mundo”, o garoto com o meu sorriso mais lindo, com o meu olhar mais hipnotizador, ele estava ali perto de mim. Meu coração pulava dentro do meu peito, a cada sorriso, a cada abraço, a cada beijo durante toda a festa. Até que foi bom, para quem antes pensava que esse iria ser um aniversário não tão feliz.      
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Thaís: Ta pelas metades aqui! Mas dá para passar um bom tempo postando sem atraso, ela é ENOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORME. HAUSAHSUASHHASU
Nada a dizer, adeus.